“Rejeitamos o Governo dos corruptos”, “Somos contra a impunidade”, podia ler-se em alguns cartazes empunhados por manifestantes na Cidade da Guatemala, a capital.

“Rejeitamos as ações falaciosas e ilegais de Jimmy Morales (…) que tenta de novo acabar com a luta contra a corrupção”, disse um dos ativistas, Alvaro Montenegro, do Justicia Ya, um dos grupos que promoveu a manifestação.

Novas manifestações são esperadas na segunda-feira.

O Governo da Guatemala decidiu na segunda-feira dar por concluída a missão da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), cujo início de atividade data de 2007.

Contudo, na quarta-feira, o Tribunal Constitucional – a mais alta instância na Guatemala – suspendeu esta decisão unilateral.

O Tribunal Constitucional instou as autoridades a envidarem todos os esforços para facilitar o trabalho da missão da ONU.

O fim da missão da ONU, que Jimmy Morales acusou de exceder as suas funções, foi inicialmente agendado para 03 de setembro de 2019, após a próxima eleição presidencial.

As tensões entre o Presidente Morales e a Cicig datam de 2016, quando o seu irmão e o seu filho foram acusados de evasão de impostos e branqueamento de capitais.

O conflito agudizou-se no verão de 2017, quando a missão da ONU e a Justiça guatemalteca solicitou o levantamento da imunidade presidencial para investigar suspeitas de financiamento de campanha ilegal durante a campanha eleitoral de 2015.