Os cerca de 7.500 manifestantes, segundo dados do Ministério do Interior, oriundos de todo o país, concentraram-se em frente ao parlamento sérvio com o lema “todos por um”.
Contrariando os dados oficiais, os organizadores afirmaram que “foram muitos mais” do que 7.500 manifestantes e que a praça em frente ao parlamento e um parque próximo “estavam abarrotados”.
No início do protesto, Cedomir Cupic, professor na Faculdade de Ciências Políticas, dirigiu-se à multidão sublinhando que se reuniram “por liberdade, justiça e pelo bem”.
Os manifestantes assobiavam em cada menção sobre o Presidente, com palavras de ordem como “resignação” ou “Vucic vai”, ao som de tambores provenientes de um palco montado em frente ao parlamento.
Os organizadores do protesto acusam Vucic de querer controlar todo o poder e tentar silenciar qualquer crítica e exigem mais liberdade de expressão, maior democratização e mais pluralismo político.
Também pedem a formação de uma comissão conjunta entre o Governo e a oposição, para definir as condições para uma eleição justa.
A oposição diz que a manifestação de hoje marcará uma nova fase dos seus protestos.
O número elevado de pessoas que compareceram hoje pode dar um novo ímpeto às manifestações semanais, que deixaram de estar lotadas nas últimas convocações.
Por seu turno, as autoridades afirmam que a oposição quer “tomar o poder nas ruas, sem eleições”.
Vários partidos opositores, de diferentes orientações, desde a extrema-direita à esquerda, agrupados na “Aliança para a Sérvia”, lideram agora os protestos que, no seu início, a 08 de dezembro passado, e no seu seguimento se convocaram pela redes sociais e decorreram em várias cidades servias.
Estas manifestações são as mais importantes desde que o Partido Progressista Sérvio, de Vucic, chegou ao poder, em 2012.
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