No final dos discursos dos secretários-gerais de várias organizações sindicais, entre os quais Mário Nogueira da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e João Dias da Silva da Federação Nacional da Educação (FNE), foi lida uma resolução que apresenta as reivindicações que levaram milhares de professores a sair hoje à rua em Lisboa, mas também na Madeira e nos Açores.
As organizações sindicais e ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, têm uma reunião marcada para 4 de junho, data em que os sindicatos esperam ver cumpridas as suas reivindicações.
“Se tal não acontecer, os professores e educadores manifestam disponibilidade para continuar a luta, se necessário ainda no presente ano escolar”, conclui a resolução hoje aprovada por unanimidade.
A contagem integral do tempo de serviço para efeitos de carreira, um horário semanal de 35 horas efetivas e a aprovação de um regime específico de aposentação dos professores que comece a ser aplicado já no próximo ano são três das seis exigências definidas na resolução.
Os professores querem ainda que haja “reposição da legalidade nos concursos que estão a decorrer”, assim como sejam resolvidos os problemas de precariedade nas escolas com a abertura de vagas tendo em conta as necessidades reais dos estabelecimentos de ensino.
Finalmente, os docentes defendem que a generalização da flexibilidade curricular só deve ser feita depois de avaliada a experiência que está a ser feita este ano em cerca de 200 escolas.
Os professores concentraram-se cerca das 15:00 no Marquês de Pombal e começaram a descer a Avenida da Liberdade rumo ao Rossio poucos minutos antes das 17:00, encabeçados pelas estruturas sindicais que convocaram a manifestação de hoje.
A Lusa questionou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, sobre o número de participantes na manifestação, mas o dirigente sindical remeteu para o fim do protesto essa informação. Contactados vários agentes da PSP, também não avançaram números.
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