O Governo ucraniano há muito que solicitava este sistema de mísseis terra-ar com capacidade para atingir aviões, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos de curto alcance.

Na sua deslocação aos Estados Unidos em dezembro passado, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que esta bateria de mísseis faria uma diferença significativa no reforço das defesas de Kiev contra a invasão russa.

O número de ucranianos que vão deslocar-se a Fort Sill é aproximadamente o necessário para operar uma bateria.

A decisão de Kiev sobre o envio de tropas para longe do campo de batalha, e que vão atravessar o Atlântico em direção aos EUA, não é habitual, apesar de já ter enviado forças para treinos de curta duração em bases europeias e destinados a outros sistemas complexos disponibilizados pelos ocidentais, como os HIMARS norte-americanos.

Os EUA prometeram uma bateria Patriot em dezembro no âmbito de um dos maiores pacotes de armamento fornecidos recentemente à Ucrânia. Na semana passada, a Alemanha disponibilizou mais uma bateria Patriot.

Cada bateria Patriot consiste num veículo munido de um sistema de lançamento com oito lançadores que podem conter até quatro mísseis cada, um radar terrestre, um posto de controlo e um gerador. As Forças Armadas indicam que possuem atualmente 16 batalhões de Patriot.

As baterias Patriot vão completar um conjunto de sistemas de defesa aérea que os EUA e a NATO têm fornecido a Kiev para responder às barragens de mísseis e drones utilizados pelas forças russas e dirigidos em particular a infraestruturas críticas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.