Em audiências judiciais anteriores, a empresa brasileira Vale tinha apresentado uma oferta com quantias inferiores às solicitadas pelo MPT para indemnizar por danos morais as famílias que perderam algum parente na rutura na barragem.
A Vale ofereceu 300 mil reais (cerca de 67 mil euros) para o cônjuge, 300 mil reais para cada um dos filhos, 150 mil reais (cerca de 34 mil euros) para cada um dos pais e 75 mil (17 mil euros) para cada um dos irmãos.
No entanto, a proposta da empresa mineira foi recusada por familiares das vítimas, numa assembleia que decorreu no dia 14 de fevereiro.
De acordo com a imprensa local, o MPT pede ainda a garantia de emprego para todos os trabalhadores sobreviventes que laboravam na mina de Córrego do Feijão, quer sejam funcionários, quer sejam prestadores de serviço, durante três anos, prazo em que a barragem termina a sua vida útil.
Segundo um balanço da Defesa Civil do Estado brasileiro de Minas Gerais, divulgado na terça-feira, 88 pessoas continuam desaparecidas e o número de mortos na sequência da rutura da barragem subiu para 216.
A barragem em Brumadinho, operada pela brasileira Vale, entrou em rutura no dia 25 de janeiro, desencadeando uma onda de lama tóxica que destruiu praticamente tudo pelo seu percurso, contaminando rios nas imediações.
Como resultado, a Vale e outras empresas do mesmo setor estão a avaliar o estado das suas instalações no país.
Na sexta-feira, a Vale disse que um auditor independente descobriu que uma das suas barragens, na cidade Barão de Cocais, também no Estado de Minas Gerais, pode entrar em colapso a qualquer momento.
As localidades mais próximas dessa infraestrutura foram evacuadas em fevereiro.
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