A médica interna de Cirurgia Geral em Faro, Diana de Carvalho Pereira, apresentou queixa na Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) e expôs as situações nas redes sociais, garantindo ter conhecimento de "11 casos" ocorridos em 2023, três dos quais resultaram em mortes, segundo o JN.
"Fiz uma queixa na Polícia Judiciária de Faro contra o meu antigo orientador de formação e contra o Diretor do Serviço de Cirurgia", frisa nas publicações, sem divulgar os nomes dos visados. "Relatei onze casos ocorridos entre janeiro e março deste ano daquilo que considero erro/negligência e que estão neste momento a ser investigados pelo MP", refere.
"Dos onze doentes: três morreram, dois estão internados nos cuidados intermédios, os restantes tiveram lesão corporal associada a erro médico, que variam desde a castração acidental, perda de rins ou necessidade de colostomia para o resto da vida. Um dos doentes esteve uma semana com compressas no abdómen", acrescenta. "Ele [o diretor do serviço] conhece os casos das queixas e não decidiu fazer queixa ou afastar o cirurgião em causa. É, portanto, conivente com os atos e foi também, pelo mesmo motivo, alvo das queixas".
A médica diz ter sido alvo de retaliações, após as denúncias. "Inventaram uma história para me difamar junto ao hospital inteiro. Alegam insanidade, quando a minha queixa é referente a atos clínicos, baseada em provas com meios complementares de diagnóstico e relatos cirúrgicos. Alegam insanidade. Eu nunca fui um perigo para nenhum doente, ao contrário deles".
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