Ressalvando que não comenta casos que estão em investigação e sob segredo de justiça, Constança Urbano de Sousa fez questão de realçar o trabalho realizado pelas polícias que levou à detenção de um marroquino de 26 anos, no passado fim de semana, em França, por suspeita de terrorismo.
“É mais do que evidente a excelente atuação das nossas forças policiais, da PJ e dos serviços de informação, que conseguiram detetar, monitorizar, e o resultado foi que levou à detenção deste sujeito”, disse a ministra aos jornalistas, à margem da conferência “Modelos Integrados de Intervenção Policial”, que decorre hoje e quinta-feira na Escola da Guarda, em Queluz.
Para Constança Urbano de Sousa, esta “é a prova” de que os serviços de informação e as forças de segurança “estão a trabalhar bem, estão a cooperar também bem”.
O suspeito estava a ser investigado pela Polícia Judiciária desde o verão de 2015 e tinha autorização de residência em Portugal desde 2014, segundo a PJ, que investigou e transmitiu às sua congéneres internacionais a possibilidade do suspeito poder vir a integrar um grupo terrorista.
Sobre a conferência internacional, promovida pelo Ministério da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa disse que visa “estreitar a cooperação internacional e refletir sobre matérias que são extremamente importantes” para “a eficácia da atuação policial” em Portugal, que “passa também muito pela cooperação policial internacional”.
Na conferência, a ministra da Administração Interna afirmou que “Portugal é um país seguro”, o que se deve “não só aos modelos de intervenção [policial], mas também à “crescente qualificação” dos recursos humanos.
“Hoje temos polícias muito mais preparadas, muito profissionais, que muito têm contribuído também para criar um ambiente seguro no nosso país” e os números da criminalidade “têm-no demonstrado”, disse a ministra à margem da conferência.
Lembrou, a este propósito, que a criminalidade geral participada está a descer e, sobretudo, a criminalidade violenta, que tem descido sempre ao longo dos últimos anos.
O Ministério da Administração Interna realiza a conferência numa altura em que a situação internacional obriga as Agências de Aplicação da Lei a adotar processos de adaptação, promovendo o intercâmbio de informações e assumindo uma mudança operacional.
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