Ana Mendes Godinho falava aos jornalistas à margem do 7.º Congresso da Ordem dos Contabilistas Certificados, que decorreu no Altice Arena, em Lisboa.

A governante salientou que a Segurança Social tinha tido uma denúncia "no início deste mês e, logo após a denúncia, desencadeou as averiguações que está a fazer", sendo que também existe uma "participação por parte do Ministério Público".

"Tem de se tirar todas as consequências, apurar todos os factos" para saber o que aconteceu, reforçou Ana Mendes Godinho..

Averiguação que tem de ir até "às últimas circunstâncias", avisou a ministra reprovando o que aconteceu e alertando que não deverá repetir-se.

A ministra fez ainda um apelo para que casos semelhantes sejam denunciados.

"Se alguém tiver informações sobre situações dessas naturalmente que denunciem e informem para que possa haver intervenção, a Segurança Social, sempre que há uma denúncia, atua", reforçou.

"Temos de salvaguardar a segurança das pessoas idosas", adiantou ainda a ministra, que diz estar a aguardar pelas averiguações da Segurança Social e do Ministério Público.

O Ministério Público confirmou, está manhã, ao SAPO24 que está a investigar os factos em apreço, tendo determinado a realização de autópsia médico-legal no âmbito de inquérito oportunamente instaurado".

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma utente do lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime deitada na cama e coberta de formigas.

Quem filmou a idosa salienta ainda que a mesma estava amarrada à cama, com uma ferida aberta, e que o seu filho já tinha realizado várias queixas à instituição.

Por seu turno, a Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime anunciou, na quarta-feira, através da rede social Facebook, ter aberto um inquérito para apurar responsabilidades ao alegado caso, que classificou de “negligência grave”.

A instituição particular de solidariedade social precisou que o “inquérito de natureza disciplinar” foi determinado depois de ter tido conhecimento do vídeo partilhado nas redes sociais a denunciar o caso.

“Tendo tido conhecimento a semana passada, que algum ou alguns dos seus colaboradores não garantiram o cuidado adequado a uma utente, […] determinou a instauração de um inquérito […] para apurar quem é ou são os responsáveis por esta situação inadmissível e será implacável na punição”, lê-se no documento.

(Notícia atualizada às 20:30)

*com Lusa