“A colheita processa-se em muito poucas semanas, portanto a mão-de-obra é sazonal e temos de encontrar soluções para desbloquear o impasse burocrático que se coloca”, afirmou Capoulas Santos aos jornalistas, explicando que o interesse da legalização desses trabalhadores é dos próprios agricultores, face às exigências de certificação da fruta pelo mercado externo, e também do Governo.

Acabar com a mão-de-obra ilegal durante a colheita, criar condições para a falta de água e encontrar soluções para a praga da ‘estenfiliose’ foram as principais preocupações manifestadas pela Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha (ANP) ao governante, durante uma visita a pomares no concelho do Cadaval e Caldas da Rainha e a uma central fruteira do Bombarral.

A colheita, que decorre até ao final do mês, aponta para uma produção na ordem das 180 mil toneladas, das quais 130 mil toneladas entre os associados da ANP.

O setor espera um aumento de produção face à campanha de 2016/2017, apesar de verificar calibres mais pequenos devido às oscilações climáticas deste verão.

Na campanha de 2016/2017, registou-se uma produção de 140 mil toneladas, das quais 53 mil foram exportadas.

Nas exportações dominam mercados como Brasil (17 mil toneladas), Reino Unido (11 mil toneladas), Marrocos (nove mil toneladas), França (seis mil toneladas) e Alemanha (3,7 mil toneladas).

Na campanha de 2015/2016, foram exportadas 71 mil toneladas de pera rocha das 133 mil produzidas.

A ANP, que representa o setor, possui cinco mil produtores associados, com uma área de produção de 11 mil hectares

A pera rocha é produzida (99%) nos concelhos entre Mafra e Leiria, sendo os concelhos de maior produção os do Cadaval e Bombarral.

A pera rocha do Oeste possui Denominação de Origem Protegida, um reconhecimento da qualidade do fruto português por parte da União Europeia.