
Em declarações à Lusa durante uma visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, António José Seguro afirmou que “o país não pode continuar desta forma” e desafiou os partidos com assento parlamentar a “interpretar as escolhas dos portugueses” nas últimas eleições legislativas.
“Temos milhares de jovens que não conseguem aceder à habitação porque os preços são proibitivos. Temos cidadãos que esperam meses por cuidados de saúde (…) Os partidos têm de pôr em comum soluções para resolver os problemas concretos dos portugueses”, afirmou o candidato.
António José Seguro considerou que o compromisso e o diálogo não diminuem os políticos, antes os valorizam, sublinhando que “os portugueses querem mudança porque estão a sentir demasiados problemas e poucas soluções para a sua vida”.
No âmbito da sua visita à Feira Nacional de Agricultura, o ex-líder do PS destacou a importância do setor agrícola para a economia nacional, criticando a burocracia associada aos apoios ao setor agrícola.
“Conheço bem as dificuldades que os agricultores enfrentam, desde a produção ao escoamento dos produtos. A burocracia associada aos apoios existentes muitas vezes retira o agricultor da terra para o meter a preencher papéis”, criticou.
Para o candidato, é necessário criar “soluções criativas”, em articulação com as organizações representativas do setor, para apoiar os pequenos produtores e inverter uma lógica que “desvaloriza quem ainda quer produzir alimentos em Portugal”.
“A agricultura e a produção de alimentos (…) são bons para a economia do país, porque criam emprego e criam valor (…) O problema do país não é falta de soluções. É falta de coragem política para as executar”, acrescentou.
Questionado sobre o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, António José Seguro ressalvou não o ter ouvido na íntegra, mas considerou tratar-se de uma “afirmação dos valores universais” e de um “apelo à coesão num momento de extremismos e divisões”.
“Hoje é o dia 10 de Junho, é o dia da identidade nacional, é o dia da nossa união, é o dia da valorização das coisas boas que temos (…) É preciso perceber que nós, juntos e fortes, somos imbatíveis”, concluiu.
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