O governante, que assumiu esta posição em entrevista ao jornal Público e Rádio Renascença, disse hoje, na Base Área de Monte Real, no distrito de Leiria, que os militares "estão lá para, efetivamente, cumprir uma missão de formação que atualmente está suspensa.

"Estamos agora, e nas próximas semanas, em consultas estreitas com os nossos aliados e parceiros para ver se há condições para retomar a formação. Se não houver, não há fundamento para a missão continuar e, nesse caso, regressam", assumiu.

De acordo com o ministro da Defesa Nacional, se for possível retomar a formação, os militares portugueses continuam com a sua missão no Iraque.

"Neste momento, ainda há muito fluxo na análise da situação, há alguma volatilidade e incertezas. Vamos aguardar até que a situação estabilize para podermos tomar uma decisão sobre o regresso antecipado dos militares ou a sua continuidade", sublinhou.

Sem adiantar datas, João Gomes Cravinho disse que a tomada de decisão pode durar, aproximadamente, uma ou duas semanas, "atendendo àquilo que é o período [de missão] do contingente", que saiu em novembro e estava previsto regressar em maio.

As declarações do ministério da Defesa Nacional foram proferidas à margem da cerimónia de oficialização da venda de cinco aviões militares F-16 à Roménia, num negócio de 130 milhões de euros.