“Vejo com a maior das reservas a ideia de que a ADM [Assistência na Doença aos Militares] se possa tornar voluntária, mas quero que estudem o assunto. Não me vou basear no 'achismo'”, disse João Gomes Cravinho, em resposta a uma pergunta do deputado do PSD Rui Silva, na comissão de Defesa Nacional.

O deputado questionou o ministro sobre a preocupação que disse estar a ser sentida no meio militar, face a um despacho de João Gomes Cravinho visando avaliar a viabilidade da inscrição voluntária na ADM.

Gomes Cravinho disse que a medida é uma das recomendações que constam de um relatório do Tribunal de Contas que o Ministério da Defesa não tem necessariamente de acolher, mas “não pode ignorar”.

Nesse sentido, disse, foi feito um despacho “a pedir que avaliassem a viabilidade das várias recomendações” do relatório do Tribunal de Contas, uma das quais a passagem da inscrição na ADM a um regime voluntário.

O ministro acrescentou que pediu à Plataforma criada pelo seu antecessor, Azeredo Lopes, para estudar medidas para o fortalecimento do Sistema de Saúde Militar, entre as quais a viabilidade de várias recomendações do relatório do Tribunal de Contas sobre a Saúde Militar e a sustentabilidade do Instituto de Ação Social das Forças Armadas.

O “objetivo será robustecer e assegurar a sustentabilidade da ADM. Tenho algumas ideias e gostaria de as consolidar”, antes de tomar decisões, disse João Gomes Cravinho, na audição parlamentar regimental sobre a política para o setor.