"Quando no Iraque temos 32 militares que estão a participar com brio numa missão e que estão sem poder regressar para junto dos seus, vem o ministro dar-lhes um abraço e dizer-lhes o quanto os respeita e o quanto estão a fazer um trabalho magnífico", afirmou Azeredo Lopes, em declarações aos jornalistas, na base militar de Besmayah, a 50 quilómetros de Bagdade.
Destacado na operação da coligação internacional anti-Daesh, o atual contingente nacional, o 6.º, está no Iraque desde 20 de novembro passado, devendo regressar a Portugal em maio do próximo ano. A maioria dos militares do atual contingente pertence à Brigada Mecanizada do Exército.
Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, e pelo chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, o ministro da Defesa assistiu a um desfile das forças em parada e cantou o Hino Nacional com os militares, com quem almoçou em seguida.
Numa breve intervenção, depois das honras militares, o ministro da Defesa Nacional referiu-se à missão dos portugueses no Iraque como uma missão "de que não se fala ainda o suficiente" apesar da "sua importância para a construção da paz".
"Através de vós, se representa em muito todos aqueles que neste Natal não vão poder estar em casa, com as mulheres, com os filhos, com os pais", sublinhou, referindo ainda os militares portugueses na República Centro Africana e nas outras missões no estrangeiro.
Em declarações aos jornalistas, o comandante da força portuguesa no campo de Besmayah, liderado pela Espanha, disse que "obviamente" os militares portugueses farão uma celebração de Natal com o "bacalhau com azeite".
A celebração contará com os "irmãos" espanhóis e ingleses, acrescentou, que são a atual "família" no Iraque, disse.
Quanto às saudades de casa, o comandante da força portuguesa disse que existem mas, frisou, "isso é transversal" a todas as forças nacionais destacadas.
Portugal participa na coligação desde maio de 2015, sendo a missão prorrogável até 2020. Desde 2015, já passaram pelo campo de Besmayah, a 50 quilómetros de Bagdade, 190 militares portugueses, rendidos a cada seis meses.
A Força Nacional Destacada no Iraque tem como missão o treino das forças iraquianas nas áreas da liderança, armamento, tiro, combate em áreas edificadas, planeamento de operações militares e inativação de engenhos explosivos.
Na visita, de apenas três horas, Azeredo Lopes esteve acompanhado do chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, e do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro.
O ministro da Defesa Nacional já tinha estado na base Grã Capitan em junho passado, a primeira de um governante português àquele teatro de operações.
Com uma área de 308 quilómetros quadrados, o campo tem 22 carreiras de tiro e instalações de treino de vários tipos de ação e técnicas.
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