A preparação inclui o treino de tropas e a avaliação de como “fornecer o equipamento militar proveniente” dos aliados da Ucrânia, disse Reznikov aos jornalistas no final de um encontro com o homólogo grego, Nikos Panagiotopoulos.

O ministro não referiu prazos para o início da contraofensiva e, segundo o secretário do Conselho de Defesa e Segurança da Ucrânia, Oleksii Danylov, apenas um número muito reduzido de pessoas conhece os detalhes da operação.

“A data do início de certas operações militares e ações militares só é conhecida por um círculo muito pequeno de pessoas”, disse Danylov, citado pela agência noticiosa ucraniana UNIAN.

Os meios de comunicação social gregos noticiaram que a visita de Oleksii Reznikov visava pedir mais ajuda militar à Grécia, mas nem ele nem Panagiotopoulos se referiram à questão.

Reznikov limitou-se a agradecer a Panagiotopoulos o equipamento militar já enviado, segundo a agência espanhola EFE.

Antes desta reunião, a Grécia tinha deixado claro que não iria entregar tanques Leopard a Kiev, com a justificação de que o país precisa deles para a sua estratégia de defesa.

No final de 2022, Atenas enviou 40 veículos de combate de infantaria BMP-1 de fabrico soviético para a Ucrânia, como parte de um acordo rotativo com a Alemanha, que por sua vez enviou 40 tanques Marder para a Grécia.

Reznikov disse que a Ucrânia pretende continuar a cooperação com a Grécia após a guerra iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

O ministro ucraniano precisou que a Grécia poderá ajudar a Ucrânia a desenvolver “as suas capacidades navais”, dada a sua vasta experiência nos campos náutico e marítimo.

Panagiotopoulos disse que a Grécia aderiu a todas as sanções contra a Rússia, “apesar dos custos para a economia grega”, e condenou mais uma vez a “guerra cruel” desencadeada pela invasão russa da Ucrânia.

A guerra russa contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).