“Os militares não estão nos quartéis, estão todos os dias a trabalhar para o benefício das populações. Isso vale para a prevenção dos fogos, como vale para as ações de busca e salvamento, para a emergência médica, para o transporte de órgãos, para o combate ao tráfico de pessoas ou combate ao tráfico de drogas”, adiantou aos jornalistas Nuno Melo.
Para o ministro da Defesa, as “Forças Armadas estão sempre lá e isso é muito relevante”.
Nuno Melo explicou que o papel dos militares é o de “deteção de incêndios, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas [ICNF], juntamente com outras entidades, para que, de forma articulada, seja mais eficaz essa missão”, de modo a que no final da época de incêndios “eles não tenham acontecido”.
E se não aconteceram é porque “houve prevenção e essa prevenção dá muito trabalho e implica muito investimento e muito esforço coordenado”.
Segundo os dados apresentados, existem 32 patrulhas na vigilância do território florestal, no apoio ao ICNF. “Temos também os destacamentos de engenharia, que são essenciais para moldar o terreno para que os bombeiros consigam fazer o ataque ao próprio incêndio. Depois temos os nossos pelotões, que fazem o rescaldo, a vigilância e mitigam possíveis reacendimentos”, explicou o coronel Tiago Lopes, comandante da Unidade de Apoio Militar de Emergência.
Nuno Melo salientou que a sua presença numa das patrulhas é uma forma de mostrar aos portugueses que “os militares em tempo de paz desempenham múltiplas tarefas em benefício diário das populações e entre essas tarefas, ações de prevenção de incêndio”.
“E quando os incêndios não acontecem em Portugal, muitas vezes é precisamente porque as forças armadas, a par de outras entidades, estão empenhadas nestas ações, que são fundamentais”, frisou o governante.
Com protocolo com nove municípios (Braga, Boticas, Loulé, Mafra, Monchique, São Brás de Alportel, Sintra, Tavira e Viana do Castelo), Nuno Melo desvaloriza o número baixo de autarquias que tem acordo com o exército.
“Não diria que é exatamente curto, se tivermos em conta que os militares estão nas zonas mais críticas. O risco de incêndio acontece no plano nacional, mas há locais de maior risco do que outros e os militares estão certamente nos pontos de maior risco dando o seu contributo”, adiantou, ao garantir que as Forças Armadas, “por vocação e natureza” estão “disponíveis para aquilo que possam ser úteis quando chamadas”.
Desde o dia 15 de maio, momento em que as forças armadas integraram o Plano de apoio ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), já foram empenhadas na vigilância do território nacional 659 patrulhas, que percorreram 86 mil quilómetros, num total de 1.500 militares envolvidos.
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