“Nestes espaços [Academia Militar] formam-se militares na esperança e na expectativa de que façam jus ao estatuto de uma elite que carrega o nome desta instituição centenária. Uma elite que ao integrar os quadros de oficiais do Exército, deve ambicionar corresponder aos mais altos padrões de liderança militar, mas também de cidadania, de verticalidade ética e de sentido de serviço público”, afirmou João Gomes Cravinho.

Na cerimónia de entrega de espadas aos novos 64 oficiais do Exército, o ministro da Defesa sublinhou que, “além de profissional competente, um militar deve ambicionar ser sempre um bastião moral, e isso é tanto mais importante em tempos de perturbação como foi infelizmente o caso há uns anos”.

O ministro afirmou também que as ações dos novos oficiais, ao integrarem o quadro permanente do Exército, vão “constituir-se como exemplos a seguir por outros, seja na instituição militar, seja na sociedade”.

Na cerimónia, também o Chefe de Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, dirigiu-se aos novos oficiais e destacou que a “condição de comandantes amplifica a exigência de ser soldado, obrigando ao estabelecimento de padrões de conduta, determinação e execução, orientadores de toda a carreira”.

“Os militares estão sujeitos a sacrifícios e é-lhes requerida inteira disponibilidade. Assim como se preparam para enfrentar e superar riscos. Implicitamente conscientes que os riscos são inerentes à condição militar e, por vezes, não possíveis de controlar ou superar na sua plenitude. Em alguns momentos, resultam mesmo no supremo sacrifício da vida”, disse.

O Chefe de Estado-Maior do Exército recordou ainda o paraquedista que morreu na semana passada, em Beja, durante um salto de queda livre, após o sistema de paraquedas não ter funcionado devidamente.

A cerimónia de entrega das espadas, símbolo do comando e de poder de autoridade, aos novos oficiais decorreu na Academia Militar, em Lisboa.