“É natural que ao fim de 15 anos, haja uma vontade coletiva na NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] de sair do Afeganistão”, realçou João Gomes Cravinho na conferência "70 anos da Aliança Atlântica: da defesa coletiva à gestão de ameaças (in)comuns" no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).

O ministro da Defesa Nacional reconheceu que a situação política e militar no Afeganistão “continua a ser precária”, contudo “houve um tremendo progresso desde a queda do Governo talibã em 2001”.

“A precariedade da situação política e militar no Afeganistão, se a saída não for feita de forma prudente, cautelosa, olhando para todos os aspetos que põem em causa a estabilidade naquele país, rapidamente poderemos ter no Afeganistão novamente um foco de instabilidade que afetará toda a região ou como nós vimos em 2001 pode afetar qualquer outra parte do globo”, explicou.

Segundo o governante, já se verificou uma retirada de tropas no Afeganistão, onde atualmente, estão 17 mil militares face aos cerca de 130 mil entre 2003/2004.

A guerra no Afeganistão começou em 2001, a seguir ao ataque terrorista de 11 de setembro e, de acordo com organizações internacionais, já fez mais de 70 mil vítimas mortais, entre os quais mais de dois mil soldados americanos.

Para João Gomes Cravinho, a “forma como se responde a este desafio” que classifica “de forma semelhante a presença da NATO no Iraque onde também se coloca a questão sobre saber como e quando sair daquela região”, representa o desafio que vai marcar o futuro da NATO.

Criada em 1949 para unir a Europa após a II Guerra Mundial e combater o expansionismo soviético, a NATO completa quinta-feira 70 anos.

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