“Estou em discussões com a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, no sentido de adequarmos o quadro temporário de auxílios de Estado para encontrarmos instrumentos de capitalização, instrumentos híbridos”, com o objetivo de “ajudar as empresas a recuperar capitais próprios e sair da crise de uma forma mais vigorosa. Se não o fizermos, não vamos ter capacidade de resposta por parte do tecido empresarial às muitas necessidades de investimento” que se aproximam, disse o governante, durante a conferência 'online' Conversas com Serralves.

No debate, focado no Plano de Recuperação e Resiliência, o governante, questionado sobre a alocação dos fundos europeus, maioritariamente ao setor público, disse que era “uma questão legítima”.

“Com a necessidade de em 2030 reduzir as emissões, só o podemos fazer investindo no setor dos transportes”, indicou, salientando que serão as empresas a executar estas atividades.

O ministro referiu que a União Europeia pretende que “este envelope financeiro seja de estímulo económico imediato”, mas alertando que “não deve ser despendido de qualquer forma” e sim investido em eixos estratégicos, como a descarbonização e eficiência energética.

Siza Vieira comentou ainda que este tipo de projetos permite alocar verbas às grandes empresas, que irão liderar estas atividades no futuro.