“Há qualquer coisa de estranho, quando em plenas negociações se opta pela greve em vez de optar pela continuação do diálogo”, disse aos jornalistas Manuel Pizarro, à entrada para a tomada de posse do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

O governante salientou que existem conversações com os dois sindicatos representativos dos médicos, com um protocolo negocial acordado ainda com a anterior ministra Marta Temido, que prevê negociações “até pelo menos ao mês de junho”.

Manuel Pizarro sublinhou que esse acordo foi estabelecido pelo ministério e os sindicatos e que as negociações estão a decorrer com “uma frequência que me parece bastante adequada”.

“Espero que seja possível daqui até à greve encontrar uma plataforma mínima que permita que ela não venha a ocorrer”, disse o ministro da Saúde.

Além da grelha salarial, as negociações incluem ainda as normas de organização e disciplina no trabalho, a valorização dos médicos nos serviços de urgência e a dedicação plena prevista no novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde.