“Estamos a fazer contas, estudos de comparabilidade com outras carreiras, estudos de projeção sobre o impacto em números de professores para depois apresentarmos propostas e podermos dizer até onde podemos ir”, disse, em entrevista conjunta à rádio TSF e ao jornal JN.
Os professores, que têm feito greve e saído à rua em protesto, não abdicam dos cerca de seis anos e meio de serviço congelados, lembrando que o Governo “devolveu” esse tempo aos docentes que trabalham nas escolas dos Açores e da Madeira.
Enquanto a tutela não avançar com uma proposta de calendarização para debater o assunto, os professores vão continuar em protesto, participando em novas manifestações e greves.
Na quinta-feira, as negociações entre Governo e sindicatos dos professores terminaram sem acordo. Um dos motivos que tem levado os sindicatos a recusarem qualquer acordo é a rejeição do Governo em recuperar o tempo de serviço congelado durante a ‘troika’.
Ainda assim, as organizações sindicais vão aguardar o diploma final do Ministério da Educação, que deverá ser enviado até quarta-feira, para decidirem, até quinta-feira, se pedem ou não a negociação suplementar.
“O que temos de garantir é que o que se faz numa carreira não é desproporcional face ao que acontece com outras e, por isso, temos que fazer esta análise comparada, porque todas as carreiras são igualmente dignas e todas as carreiras são igualmente merecedoras de intervenção”, sustentou João Costa, na entrevista à TSF e ao JN, assinalando que a prioridade das negociações com os professores foi a revisão do modelo de recrutamento.
Em entrevista a 16 de fevereiro à televisão TVI, o primeiro-ministro, António Costa, frisou que “não há condições” para devolver o tempo de serviço aos professores, invocando que tal “significaria 1.300 milhões de euros de despesa permanente todos os anos”.
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