Ouvido na comissão parlamentar de Defesa, a requerimento do PSD, Azeredo Lopes adiantou que a força nacional - força de reação rápida - será projetada para o Afeganistão no final do primeiro trimestre de 2018, e ficará "confinada a um espaço limitado onde as garantias de segurança não são absolutas mas são superiores a qualquer outra parcela" do país.
Segundo o ministro, foi feita uma análise aos riscos e ao número de incidentes que diretamente ocorreram nas vias principais que a força de reação rápida e a unidade de formação e treino em artilharia poderão vir a utilizar.
"Se é verdade que nos últimos dois anos houve incidentes naquela região, mas especificamente naquelas vias não houve incidentes significativos", disse, em resposta ao deputado do CDS-PP João Rebelo, que manifestou o apoio do partido à participação portuguesa mas também preocupação quanto aos riscos naquele teatro de operações.
"Se eu posso garantir que no momento da projeção, que se espera no fim do primeiro trimestre que não há riscos superiores, não posso naturalmente garantir, estamos a falar de processos dinâmicos", acrescentou.
Contudo, Azeredo Lopes defendeu a escolha do Governo, tendo em conta o compromisso de manter uma "presença robusta" em missões da NATO após a saída do Kosovo, "qualquer que seja a evolução securitária", Portugal "escolheu uma missão militar exigente mas de risco o mais reduzido possível".
A participação da força nacional na missão da NATO incluirá "até 135 militares" da força de reação rápida e "até 35 militares na formação e treino de artilharia".
Já PCP, disse o deputado Jorge Machado, é contra esta participação e contra a posição de Portugal de "dizer que sim senhor a tudo".
O ministro da Defesa rejeitou que o governo diga "sim senhor" perante todos os pedidos que são feitos por organizações que integra, e defendeu que "se for cortada a dimensão de internacionalização" das Forças Armadas ficariam prejudicadas as possibilidades de maior qualificação e reforço de capacidades ao nível militar, aludindo ainda ao "impacto na situação financeira mesmo relativamente aos militares que participam nessas missões".
"A defesa hoje não se faz intramuros" nem "nos fortes junto à fronteira", defendeu.
Sem data para terminar, a `Resolute Support Mission´ começou em 2015 e visa o treino, aconselhamento e apoio às forças militares e de segurança e o fortalecimento das instituições do Afeganistão, contando com cerca de 13 mil militares de 39 países, na força multinacional liderada pela NATO.
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