Presidida pela presidência portuguesa do Conselho da UE, esta reunião virtual servirá para discutir o “caminho a seguir” no combate à covid-19, perante a “preocupante propagação do vírus nos países da UE”, segundo a agenda do encontro.
Caberá aos responsáveis pela pasta da Saúde nos Estados-membros trocar “opiniões sobre a abordagem na resposta à covid-19, centrando-se na utilização de medidas de saúde pública tais como o uso universal de máscaras faciais e os requisitos sobre testes para mobilidade dentro da UE”, indica o mesmo documento.
Nesta reunião por videoconferência presidida pela ministra portuguesa da Saúde, Marta Temido, em representação da presidência portuguesa da UE, participarão as diretoras do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), Andrea Ammon, e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Emer Cooke.
Enquanto Andrea Ammon fará um balanço sobre a situação epidemiológica atual na UE, caberá a Emer Cooke informar os ministros sobre o ponto da situação da autorização e desenvolvimento das vacinas contra a covid-19.
De momento, são já quatro as vacinas aprovadas pela EMA: BioNTech/Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Este encontro virtual decorre numa altura em que vários países suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca – como Holanda, Irlanda e Noruega (faz parte do Espaço Económico Europeu) -, devido à formação de coágulos sanguíneos em alguns dos vacinados, embora a Universidade de Oxford tenha vindo garantir na segunda-feira a segurança do fármaco.
Em Portugal, a Direção-Geral de Saúde e o Infarmed afirmaram no domingo que a vacina da AstraZeneca pode continuar a ser administrada e frisaram que não há evidência de ligação com os casos tromboembólicos registados noutros países.
Além destes efeitos secundários, a AstraZeneca tem estado na ‘mira’ da Comissão Europeia por demoras na entrega de vacinas à UE e, no sábado passado, anunciou novos atrasos, invocando problemas na produção devido às restrições impostas à exportação.
A Comissão Europeia, que negociou os contratos em nome dos 27 Estados-membros, estava a contar com um aumento das entregas por parte das farmacêuticas no segundo trimestre deste ano.
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