"Essas equipas [de observadores] serão colocadas nas principais cidades da República Democrática do Congo [RDCongo]. Em Kinshasa, serão compostas por representantes da Missão, da polícia das Nações Unidas e do escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos", indicou a missão da ONU (Monusco), em comunicado.
A Monusco ressalvou "o direito de manifestação pacífica", inscrito "na Constituição e protegida por acordos internacionais".
Em 31 de dezembro do ano passado, seis pessoas morreram na dispersão de uma marcha que tinha sido interdita, de acordo com as Nações Unidas e a Nunciatura Apostólica, enquanto as autoridades da RDCongo não registaram qualquer óbito.
"Todos as partes presentes, quer se tratem de manifestantes ou de forças de defesa e de segurança, devem abster-se de recorrer à violência sob todas as formas", insistiu a Monusco, precisando que não é responsável pela manutenção da ordem.
As marchas foram convocadas por um setor próximo da igreja Católica e cinco dos seis responsáveis pela organização, que permanecem escondidos em Kinshasa, são procurados pela Justiça, que emitiu mandados de detenção, segundo uma fonte da agência France Presse.
"Não temos mandato para proteger personalidades. Nós temos um mandato para proteger civis", disse o porta-voz da Monusco, Florence Marchal.
Apoiado pela oposição política e pelo influente Episcopado, o comité coordenador exige que o Presidente Kabila diga publicamente que não se candidatará a um terceiro mandato.
A Comissão Eleitoral anunciou eleições em 23 de dezembro de 2018.
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