O cardeal Malcolm Ranjith disse hoje em conferência de Imprensa que as celebrações religiosas estavam suspensas e pediu ajuda financeira para reconstruir as vidas das pessoas afetadas pelos atentados terroristas, que fizeram mais de 250 vítimas mortais.

Também as mesquitas do Sri Lanka estão a ser guardadas por polícias fortemente armados e por cães farejadores, com receio de retaliações contra a comunidade muçulmana, após os ataques de domingo de Páscoa, reivindicados pelo movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico.

Algumas mesquitas cancelaram as preces de hoje, no Sri Lanka, enquanto o governo pede “demonstrações de solidariedade” com as igrejas católicas, que devem manter as portas fechadas até que a situação melhore.

As poucas mesquitas que mantiveram as orações hoje, na capital, Colombo, tiveram uma assembleia escassa.

Os poucos fiéis que apareceram explicaram a sua presença por motivos de solidariedade com as vítimas dos ataques.

“Estamos a enviar uma mensagem aos extremistas, dizendo-lhes que não serão capazes de nos assustar ou dissuadir”, disse Reyyaz Salley, líder da mesquita Dawatagaha Jumma, em Colombo, acrescentando que, contudo, “a principal razão para ali estarem é para fazer uma oração pelas vítimas”.

Embaixadas de vários países estão a pedir para as pessoas ficarem longe dos locais de culto neste fim de semana, devido a preocupações com possíveis novos ataques.

As autoridades do Sri Lanka dizem que continuam a procurar os responsáveis pelos atentados e estão a colocar os locais de culto sob elevada vigilância policial.

“Um pequeno grupo de pessoas perpetrou esses ataques, mas alguns culpam toda a comunidade muçulmana do Sri Lanka, o que não é justo”, afirmou Mohammed Ramesh, um frequentador da mesquita de Jumma.

Hoje, 20 polícias e soldados estavam à volta da mesquita Dawatagaha Jumma, por conter um santuário sufi.

Os muçulmanos sufi são considerados hereges pelos fundamentalistas, por reverenciarem os santos.

As forças de segurança impediram as pessoas de se movimentarem ou de estacionarem veículos próximo dessa mesquita da capital do Sri Lanka.

Sinal da tensão prevalecente em Colombo é o facto de a cidade viver em constante agitação por rumores de possíveis ataques com carros-bomba.