Segundo a BBC, o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, afirma que os dois edifícios atingidos ficam no bairro de Pechersk, na capital ucraniana.

O autarca refere ainda que vários mísseis russos foram derrubados com sucesso e que as equipas de resgate estão no terreno.

Há ainda relatos por parte dos autarcas de Lviv e Kharkiv sobre o ataque às suas cidades, assim como em Zhytomyr, Sumy, Rivne e Odessa.

"Há explosões em Lviv", disse o autarca Andriy Sadovy num comunicado nas redes sociais, pedindo aos moradores que fiquem em abrigos, enquanto o seu homólogo de Kharkiv, Igor Terekhov, salientou que houve um "ataque com mísseis" na cidade e que estavam a ser recolhidas informações sobre o número de mortes.

Kharkiv terá sido atingida pelo menos com dois mísseis e Lviv com um, nomeadamente em infraestruturas energéticas, o que fez com que praticamente as duas cidades ficassem sem energia.

As sirenes antiaéreas foram ativadas em todas as regiões do país, de acordo com responsáveis da defesa.

Segundo um porta-voz da força aérea ucraniana, "foram disparados pela Rússia 80 mísseis, o maior número de projeteis lançados num só dia desde 10 de outubro. Os  mísseis tiveram como alvo infraestruturas críticas, mas também foram atingidos edifícios residenciais", declarou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

(notícia atualizada às 15h49)