No lançamento do concurso, no Ministério do Ambiente, em Lisboa, o presidente da empresa pública responsável pela gestão da mobilidade elétrica disse que aos 643 postos normais da rede piloto poderão acrescer até 20 postos de câmaras municipais.

Os postos estão divididos por 11 lotes (cada lote inclui postos de carregamentos lentos e semi-rápidos) e cada concorrente pode ficar no máximo com três lotes.

O presidente da Mobie.e, Luís Barroso, disse que a apresentação de candidaturas termina em 24 de fevereiro e que o concurso deverá estar concluído pela Páscoa, em abril.

Hoje foi também anunciado que todos os carregamentos de veículos elétricos nos postos de carregamento da rede pública vão passar a ser pagos assim que os postos sejam concessionados, o que é esperado que seja num prazo inferior a seis meses.

Em declarações aos jornalistas, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, não deu uma data precisa para o pagamento em todos os postos acontecer, uma vez que tal só se concretiza quando a concessão entrar em vigor e o concurso hoje lançado pode demorar mais tempo do que o calendarizado, caso algum candidato recorra da decisão.

Contudo, indicou, ainda no primeiro semestre de 2020 deverão os 643 postos estar concessionados e, logo, todos os carregamentos passarão a ser pagos.

Atualmente, os carregamentos de veículos elétricos são pagos nos postos de carregamento rápidos e ainda nos postos de carregamento normais em zona privada.

Quanto aos critérios para a escolha dos operadores que ficarão com as concessões, estes são dois, com o peso de 50% cada um: o valor de compensação a pagar ao Estado pelo investimento que fez nos postos de carregamento (que tem o valor mínimo de cerca de 150 mil euros por lote) e a tarifa máxima que será cobrada ao cliente nos dez anos da concessão (valor a definir livremente pelo operador a concurso).

Contudo, a tarifa do operador não será o único valor que cada cliente paga para carregar o seu veículo elétrico.

É que no carregamento de um veículo elétrico, o preço final resulta de várias parcelas: a tarifa do operador, a tarifa do Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (incluindo o custo da energia) e a tarifa da entidade gestora (ou seja, a tarifa que a Mobi.E cobrará por fazer a gestão da rede, que atualmente não existe, mas passará a ser cobrada em 2020).

Quando os 643 postos forem concessionados, cada operador poderá cobrar preços diferentes em cada posto, consoante localização, procura ou altura do dia.

Segundo disse hoje Matos Fernandes, no lançamento deste concurso, é esperado que o número de postos de carregamento de veículos elétricos aumente nos próximos anos.

"Seria uma desilusão se ao fim de um ano só estivéssemos a falar destes 643 postos e ao fim de dois anos certamente estaremos a falar de muito mais", afirmou.

Em 2018 venderam-se mais de 8.000 veículos elétricos e este ano até final de novembro foram já mais de 11 mil, salientou o ministro do Ambiente.

(Notícia atualizada às 20:34)

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