“Este plano é dinâmico, ou seja, as medidas e as ações, nós podemos sempre olhar para elas e medi-las. E, se elas não estiverem a atingir os seus objetivos, alterar e criar novas medidas. Por essa via, nós podemos ir corrigindo algumas das coisas que, eventualmente, uma grande infraestrutura como o novo aeroporto pode introduzir. Mas não podemos ficar à espera desse tipo de decisões, sob pena de não estarmos a responder àquilo que são os anseios das pessoas”, acrescentou.
Faustino Gomes falava à agência Lusa após a primeira sessão de apresentação pública do processo de desenvolvimento do Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMMUS), da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que decorreu no auditório municipal Rui Guerreiro, no Pinhal Novo, em Palmela, no distrito de Setúbal.
Segundo o responsável da TML, o PMMUS, que deverá estar concluído daqui a 15 meses, pretende melhorar a mobilidade urbana sustentável, procurando compatibilizar a resposta global com os anseios das populações dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.
“O objetivo é encontrar soluções de mobilidade sustentável numa lógica urbana, mas também numa lógica metropolitana, porque cada um dos municípios tem a sua lógica, daquilo que pretende oferecer aos seus munícipes, mas os problemas da mobilidade não se resolvem numa escala local, mas a uma escala regional”, disse.
“Este plano pretende ‘coser’ essas políticas (locais e regionais), encontrar medidas e ações, e, portanto, concretizar no plano aquilo que nos parecem ser as ações que conduzem a essa mobilidade sustentável. Por isso, definimos que vamos ter um conjunto de metas, um conjunto de indicadores para chegar a essas metas e, portanto, medidas para que, no final da implementação, nós estejamos mais próximos daquilo que consideramos ser uma mobilidade urbana sustentável”, acrescentou.
Faustino Gomes salientou ainda que existe a preocupação de promover a participação das populações na elaboração do PMMUS, plano que inclui uma Avaliação Ambiental Estratégica e que foi adjudicado através de um concurso público internacional pelo valor global de 300 mil euros, montante que será suportado pela empresa TML, detida a 100% pelos municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa.
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