Zuo Ye escreveu na conta oficial na rede social Weibo, o Twitter chinês, que, como recém-formada, não teve tempo de considerar a implicação dos anúncios.

"Eu crescerei com esta experiência e mostrarei melhor o caráter de um cidadão chinês", afirmou.

A campanha motivou um boicote à Dolce & Gabbana na China e o cancelamento de um desfile da marca italiana em Xangai, em novembro passado.

Internautas chineses e opiniões difundidas pela imprensa estatal classificaram os anúncios como racistas e baseados em estereótipos ultrapassados.

À medida que vários retalhistas começaram a retirar os produtos das lojas, os cofundadores da marca, Domenico Dolce e Stefano Gabbana, pediram publicamente desculpas ao povo chinês.

O caso motivou ainda uma disputa com Stefano Gabbana.

Imagens difundidas nas redes sociais chinesas mostraram Gabbana numa discussão 'online', na qual se referiu à China como um "país de porcaria", "mafioso, sujo e ignorante", e afirmou que os chineses comem cão.

Entretanto, a marca emitiu um comunicado a pedir desculpa e afirmou que as suas contas na rede Instagram foram pirateadas.

"Pedimos muita desculpa por qualquer ofensa devido a estas mensagens não autorizadas. Nós respeitamos a China e o povo chinês", afirmou a Dolce & Gabbana.

A Ásia e a China, em particular, são um mercado chave para as marcas de luxo europeias.

Um estudo recente da consultora Bain mostrou que os chineses compõem um terço do consumo de gama alta no mundo, seja em compras no mercado doméstico ou em viagem.

Este número deve subir para 46%, em 2025, impulsionado pelos 'millennials' e a geração nascida em meados dos anos 1990.

A Dolce & Gabbana tem 44 lojas na China, incluindo quatro em Xangai. Entrou no mercado chinês em 2005, na cidade de Hangzhou, na costa leste do país.