Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, André Ventura referiu que estão a existir agendamentos feitos "não por médicos, não pelos serviços clínicos, mas por ordem política".
O presidente do Chega leu o que disse ser uma troca de comunicações relativas à marcação da cirurgia de um utente, mas recusou identificar qual o serviço em causa, "por questões de dados pessoais".
"Por ordem do seu Governo estão a ser feitos agendamentos que não são de critérios médicos nem clínicos, com único objetivo, de reduzir listas de espera e reduzir cirurgias que aparentemente continuam em falta. Isto não é gerir bem a saúde, é uma fraude política”, acusou.
Na resposta, o primeiro-ministro disse que não podia referir-se ao caso concreto referido por Ventura por não saber de que hospital se tratava, nem mais pormenores, e pediu ao Chega que faça chegar ao Governo mais informação, prometendo averiguar a situação.
Ainda assim, afirmou que o Governo “não deu instrução a nenhum serviço para ultrapassar o funcionamento regular das instituições de saúde que agendam atos clínicos”.
“Não estamos a fazer nenhuma operação de cosmética com os números”, indicou.
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