“O melhor é mesmo que o próximo primeiro-ministro possa ter em atenção muitas das dicas que aqui são deixadas. Como espero ser o próximo, terei o gosto e o prazer de ler com muitíssima atenção o que aqui está”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas.
O presidente do PSD falava no final do lançamento do livro “O Primeiro-Ministro e a Arte de Governar”, que decorreu em Lisboa e que foi apresentado por Durão Barroso, ex-ministro de Cavaco Silva e antigo primeiro-ministro de um governo PSD/CDS.
Segundo Montenegro, as “dicas” deixadas na obra de Aníbal Cavaco Silva, que foi chefe de Governo do PSD entre 1985 e 1995 e Presidente da República entre 2006 e 2016, também deveriam servir para o atual primeiro-ministro, mas adiantou que António Costa “já não vai a tempo de mudar”.
“Isso serve para quem está hoje em funções, mas creio que, quem está hoje em funções já leva tantos anos de exercício, que se calhar já não vai a tempo de mudar”, referiu Luís Montenegro.
Depois de adiantar que pretende ler o livro “com muita atenção nos próximos dias”, o líder social-democrata referiu ainda que o livro apresenta “reflexões sobre o exercício, em abstrato, do que deve ser um primeiro-ministro e todos aqueles que tiverem essa oportunidade devem aproveitar a valia dessas reflexões”.
“Não há pessoa mais avalizada para as deixar do que esta no nosso panorama político”, sublinhou Luís Montenegro, para quem as intervenções públicas de Cavaco Silva “ajudam o país”.
Aníbal Cavaco Silva é “efetivamente um português muito habilitado, por toda a sua história, e um português que os portugueses ouvem”, salientou o presidente do PSD.
“Por mais que custe a alguns, que não gostam de ouvir, a verdade é que a maioria do povo português ouve aquilo que são as considerações do professor Cavaco Silva que fala poucas vezes, mas quando fala, fala normalmente bem, com muita pertinência e é por isso muito escutado também”, concluiu.
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