"Este Conselho de Ministros [...] tomou um conjunto muito alargado de decisões na área da economia, com vista a acelerar o crescimento económico como pressuposto que é para termos um país mais próspero e, por via dessa prosperidade também, mais justo", afirmou hoje o primeiro-ministro no final de um Conselho de Ministros descentralizado que decorreu em Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro).
Após a reunião do Governo na Escola Superior Aveiro Norte da Universidade de Aveiro (ESAN-UA), Luís Montenegro afirmou que Portugal deve ter "recursos para poder melhores condições de vida aos jovens, àqueles que estão hoje a iniciar a vida ativa, mas também um país que possa, num futuro próximo, pagar melhores salários e possa ter políticas sociais de apoio aos mais vulneráveis e necessitados".
O chefe do Governo salientou que as medidas tomadas pelo executivo têm em conta a "responsabilidade orçamental", que "tem de alcançar-se não por via de termos mais impostos, mas por via de termos mais criação de riqueza, mais economia".
"O Governo encara a economia com confiança, e o futuro da economia portuguesa com muita confiança", afirmando confiar "nas pessoas, naquelas que arriscam algum do seu capital, os empreendedores, os empresários", e nos trabalhadores, "o ativo capaz de produzir mais, produzir melhor, dar competitividade, produtividade".
Luís Montenegro expressou assim uma "dupla confiança", à qual se junta a "organização", tanto das empresas como da "sua relação com a administração pública, as entidades públicas".
"O nosso objetivo não é substituirmo-nos às empresas e à sua gestão. O nosso objetivo é facilitar a vida das empresas para que elas possam criar mais riqueza e, por via disso, pagarem melhores salários", vincou.
O primeiro-ministro referiu que o pacote 'Acelerar a Economia' apresentado hoje se alicerça em cinco eixos: o primeiro relativo à escala e capitalização das empresas, o segundo a inovação, o terceiro a sustentabilidade, o quarto a aposta em áreas de especialização nas quais a economia portuguesa é mais competitiva e tem mais potencial, como o turismo e o mar, e o quinto a durabilidade das políticas.
O "desígnio final" do Governo é que o país seja "atrativo, próspero, com boas empresas, bons empregos", com o objetivo de "reter talento" e "aproveitar a qualificação dos jovens" e até ser atrativo para "importar talento"
"Se nós tivermos capital humano valorizado, se nós tivermos a organização das empresas e da sua relação com o Estado mais ágil, nós vamos também atrair mais investidores. Vamos dar condições para que os empresários portugueses, as empresas que aqui estão, possam investir mais, e vamos captar mais investimento direto estrangeiro", considerou.
Comentários