“Estamos esperançados que o resultado seja positivo, mas isso não depende de nós. Há muito trabalho para fazer. Estamos convictos da importância de não perdermos mais tempo. Nós já estamos a perder muito, muito dinheiro, exportações e receitas por não fazermos obras neste aeroporto [de Lisboa] e no novo [Montijo]”, disse Pedro Nuno Santos, em Lisboa, após a cerimónia de apresentação do primeiro A321Lrneo da TAP.
Na passada sexta-feira, a ANA - Aeroportos disse à Lusa que o Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo está em conclusão e será entregue à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) até ao final da segunda semana de abril.
Em causa está a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do projeto Aeroporto Complementar do Montijo e Respetivas Acessibilidades, que foi encerrado pela APA em 25 de julho, a pedido da ANA, que justificou esta solicitação com a necessidade de aprofundamento do estudo.
Estas obras são importantes “não só para aumentarmos a capacidade do nosso aeroporto […], mas também para a qualidade de serviço da TAP”, disse o ministro das Infraestruturas.
Em 22 de março, o presidente da Comissão Executiva da TAP SGPS já tinha defendido que o crescimento do grupo pode ser comprometido se as obras no aeroporto da Portela, cujo início está previsto para o segundo semestre, não estiverem concluídas até 2021.
“Se não houver investimento em infraestruturas, só conseguimos crescer este ano e no próximo. A partir de 2021, o investimento da TAP está comprometido, se as obras não estiveram concluídas”, disse Antonoaldo Neves, que falava aos jornalistas, em Lisboa, após a apresentação de resultados da empresa.
O grupo TAP registou, em 2018, um prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior.
Por sua vez, a receita do grupo passou de 2.978 milhões de euros em 2017 para 3.251 milhões de euros em 2018, traduzindo-se num aumento de 273 milhões de euros, mais 9,1% face ao período homólogo.
O crescimento das receitas do grupo engloba a expansão do mercado nos EUA (mais 10%) e, pela negativa, o efeito da desvalorização cambial no Brasil (menos 16%).
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