“Não há possibilidade de a TAP ir para o Montijo, não existe essa possibilidade. O Montijo não é para a TAP”, sublinhou o CEO da TAP, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2019 da transportadora.
Antonoaldo Neves explicou que a companhia que lidera opera aviões de longo curso, que não cabem no aeroporto do Montijo, “nem hoje, nem daqui a quatro anos”.
O responsável disse também que 57% dos passageiros da TAP fazem escala em Lisboa e que, por isso mesmo, a opção do Montijo não facilita o processo de conexão entre voos.
“A TAP não vai para o Montijo, essa decisão está tomada”, garantiu, salientando, no entanto, que considera “importantíssimo” a construção daquela infraestrutura.
“Tem que fazer o Montijo, ponto final. Mas a TAP não tem nada a dizer sobre isso. O que a TAP tem a dizer sobre o sistema aeroportuário em Portugal é só sobre a Portela”, acrescentou o presidente executivo da companhia aérea.
O Grupo TAP divulgou hoje prejuízos de 105,6 milhões de euros em 2019, uma melhoria de 12,4 milhões de euros face às perdas de 118 milhões registadas em 2018 pela companhia aérea.
De acordo com o comunicado da TAP SGPS, que engloba todas as empresas do grupo, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “o processo que envolve a gestão da entrada das 30 aeronaves e a saída de 18 antigas teve um impacto negativo financeiro de 55 milhões de euros no resultado do ano”.
A empresa liderada por Antonoaldo Neves refere ainda que em 2019 “foi penalizada entre 30 milhões de euros a 35 milhões de euros em resultado da ineficácia da infraestrutura”, referindo-se à “falta de investimento na capacidade do aeroporto de Lisboa” e ao “congestionamento do espaço aéreo”.
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