Em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, à margem da 7.ª Academia de Formação Política para Mulheres, o ex-ministro de Pedro Passos Coelho alertou ainda que os problemas do país não se resolvem “atirando dinheiro para cima deles” e classificou o Orçamento do Estado como um “ato de fingimento”.
Esta manhã, António Costa considerou “intoleráveis” os níveis de pobreza laboral que se registam em Portugal, considerando que não se pode “ignorar” que atualmente, “apesar de o salário mínimo nacional ter aumentado 40% e estar hoje, claramente, acima do limiar de pobreza, […] cerca de 10% de quem declara rendimentos do trabalho” está abaixo do limiar de pobreza.
“Eu reajo com uma certa estupefação porque dá ideia que é primeiro-ministro desde ontem. […] O que eu espero é que o que o dr. António Costa abandone uma postura contemplativa face aos problemas e trate de os resolver. Mais do que olhar para os problemas de uma forma contemplativa, é preciso dar-lhes resposta”, considerou Moreira da Silva.
O candidato à sucessão de Rui Rio na presidência do PSD alertou que Portugal precisa de “reformas estruturais” e que “não se pode governar partindo do pressuposto que as coisas se resolvem atirando dinheiro para cima dos problemas”.
Sobre o Orçamento do Estado, Moreira da Silva afirmou ser “um ato de fingimento, porque não se pode dizer, como o primeiro-ministro hoje, que a pobreza laboral é intolerável e depois aplicar, em termos práticos, um corte aos trabalhadores, aos funcionários públicos e aos pensionistas”.
“O Orçamento do Estado é uma ficção porque toda a gente sabe que a inflação será muito mais alta do que aquela que está identificada no Orçamento do Estado, que as receitas serão muito mais elevadas e, portanto, que haveria mais condições para apoiar as famílias, os trabalhadores e os pensionistas”, considerou.
O adversário de Luís Montenegro nas eleições internas do PSD referiu que o PSD “não pode deixar de oferecer uma oposição que seja também alternativa”.
“Quem está em casa quer respostas concretas e considero que o PSD tem a obrigação de não só ser muito firme no escrutínio daquilo que o Governo faz, mas também oferecer aos portugueses uma resposta capaz de libertar todo o nosso potencial”, realçou.
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