“Ele morreu esta manhã. Estava rodeado da sua família”, disse Agnès Buzyn, antiga ministra da Saúde francesa.

Elie Buzyn “passou o testemunho com uma constância e uma determinação incríveis até ao fim”, afirmou o rabino-chefe de França, Haïm Korsia.

“Enorme testemunha do Holocausto e incansável lutador pela memória, Elie Buzyn deixou-nos”, escreveu também na rede social Twitter o presidente do Conselho Representante das Instituições Judaicas (CRIF), Francis Kalifat.

“É com grande tristeza que tomamos conhecimento da morte de Elie Buzyn”, escreveu igualmente no Twitter a Fundação para a Memória do Holocausto.

Este sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, na Polónia, nascido nesse país a 7 de janeiro de 1929, foi preso em agosto de 1944 no gueto judeu polaco de Lodz, onde a sua família tinha sido colocada.

Em 1956, instalou-se em França, onde se tornou médico cirurgião ortopedista e casou com uma psicanalista de renome, Etty Wrobel Buzyn, especializada na primeira infância.

Após a Segunda Guerra Mundial, Elie Buzyn manteve-se muito tempo em silêncio, mas depois empenhou-se em transmitir a memória do Holocausto, apelando aos jovens para serem “testemunhas das testemunhas”.