Nascido em Lisboa, Joaquim Dias Silva Pinto, que completaria 87 anos em 6 de julho próximo, desempenhou diversos cargos públicos da área do trabalho, segurança social, reforma administrativa e obras públicas, tendo sido também administrador de várias empresas.
Na década de 1970 foi ministro das Corporações e Segurança Social, secretário de Estado do Trabalho e Previdência, e responsável pelo Secretariado Nacional da Emigração.
No final dessa década e na seguinte, Joaquim Silva Pinto foi gestor de empresas privadas em Espanha, presidente do conselho diretivo da Câmara Hispano portuguesa de Comércio e Indústria, com sede em Madrid, e gestor de empresas privadas em Portugal como a Lusoceram, Previdente, Grão-Pará e Fitor.
Em 1991 aderiu ao Partido Socialista por proposta do secretário-geral Jorge Sampaio, e foi responsável pelo Fórum PS aberto a Independentes, ocupando lugar como deputado à Assembleia da República pelo círculo de Faro entre 1992 e 1995, e como presidente da subcomissão Parlamentar de Comércio e Turismo.
Entre 1999 e 2007, Silva Pinto foi gestor ou consultor de empresas como a Brisa, Nokia Portugal, PayShop, 3MPortugal, Telcabo, entre outras.
Na década de 1960 foi secretário-geral da Corporação da Indústria, colaborador da Associação Industrial Portuguesa (AIP), membro do grupo de apoio à representação portuguesa na Organização Internacional do Trabalho (OIT), e participante ativo nos trabalhos preparatórios do Plano Intercalar de Fomento, enquanto também professor do Instituto de Serviço Social.
Joaquim Silva Pinto coordenou os trabalhos preparatórios do III Plano de Fomento e interveio na criação do Secretariado da Reforma Administrativa, foi subsecretário de Estado das Obras Públicas no primeiro Governo de Marcelo Caetano, e participante na denominada Primavera Marcelista.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, também foi professor universitário, regendo cursos de organização de empresas e de relações industriais, além de ter ocupado o cargo de vice-presidente da AIP nos anos 1990, e foi fundador do Núcleo Empresarial de Lisboa.
Silva Pinto é autor de livros como “Do pântano não se sai a nado” (2014), “Portugal - Desalento e esperança” (2015) e "Vale a Pena Não Ter Medo" (2016), entre outras obras.
Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, a Medalha de Oiro da AIP, e a Medalha de Mérito da Associação Ibero-americana de Câmaras de Comércio.
Marcelo Rebelo de Sousa já lamentou oficialmente a morte de Silva Pinto. De acordo com uma nota divulgada na página oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado disse que "foi com pesar" que tomou conhecimento da morte de Joaquim Silva Pinto e endereçou os "sentidos pêsames" à família e amigos.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou a "carreira incontornável" do antigo ministro do Estado Novo e deputado socialista.
Comentários