"No dia 10 de abril, o nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à sua batalha contra o cancro. Estava cercado pelos seus filhos e netos. Durante este período de transição, a família pede que respeitem os seus desejos de privacidade", pode ler-se numa publicação no X (antigo Twitter).

A carreira de enorme sucesso no futebol americano fez de O. J. Simpson foi uma das primeiras estrelas negras nos Estados Unidos, mas o antigo jogador será sempre lembrado pelo ‘julgamento do século’.

Num dos julgamentos mais mediáticos do século XX, Simpson foi absolvido em 1994 da morte da sua ex-mulher, Nicole Simpson, e do amigo desta, Ronald Goldman, em Los Angeles, mas acabou condenado por estas mortes, em processo cível, em 1997, a pagar 33,5 milhões de dólares aos familiares das vítimas.

“Não sou negro, sou O. J.”, costumava dizer o antigo ‘running back’, figura maior durante vários anos da Liga Norte-americana de Futebol (NFL), o que lhe proporcionou fama e fortuna, tendo-lhe mesmo aberto as portas de uma nova carreira, de ator, em Hollywood.

A queda abrupta de O. J. Simpson foi transmitida em direto na televisão, que acompanhou a perseguição policial que conduziu à sua detenção e seguiu depois, avidamente, todas as incidências do julgamento, monopolizado pela componente racial.

Em setembro de 2017, a antiga estrela do futebol norte-americano saiu da prisão de Lovelock (Nevada), em liberdade condicional, após cumprir nove anos de uma pena de prisão que podia ir até aos 33 anos, após ter sido condenado em 2008 por assalto à mão armada, rapto e outros ilícitos criminais.