“Ele partiu”, disse Andrew Banda hoje à noite a um correspondente da AFP em Lusaca.

Quarto líder do país da África Austral desde a independência da Grã-Bretanha, Rupiah Banda exerceu o cargo apenas durante três anos, a partir de 2008.

Foi um mandato curto e marcado pelo crescimento económico e acusações de corrupção.

Rupiah Banda era vice-Presidente quando o seu antecessor, Levy Mwanawasa, sucumbiu a um derrame, assumindo então a Presidência do país.

Diplomata experiente, Banda foi derrotado nas eleições de 2011, apesar de a sua governação ter apresentado como característica mais forte um consolidado crescimento económico.

O crescimento da economia da Zâmbia deveu-se principalmente ao aumento dos preços do cobre e ao considerável aumento de investimento chinês.

A economia da Zâmbia depende largamente do cobre, minério de que é um dos maiores produtores do mundo, e que representa 90% do valor das exportações.

Rupiah Banda continuou o trabalho de construção de infraestruturas e obras públicas iniciado por Mwanawasa, construindo estradas, hospitais e escolas.

A Zâmbia registou um crescimento de 7,6% em 2011, abaixo dos 6,4% do ano anterior, para o qual Banda assumiu o crédito. Ele esperava que a recuperação económica convencesse os eleitores a mantê-lo no poder.

A maioria dos 17,9 milhões de zambianos, no entanto, não colheu os benefícios do aumento da mineração e obras públicas.

A riqueza acumulou-se nas mãos de poucos, enquanto as acusações de corrupção vieram à tona, manchando a sua reputação.

Em setembro de 2011, foi amplamente derrotado pelo líder da oposição Michael Sata.