Segundo o The Guardian, as filhas Hannah e Lucy confirmaram a morte de Tom Moore.

"É com grande tristeza que anunciamos a morte do nosso querido pai, o Capitão Sir Tom Moore. Sentimo-nos muito gratos por estarmos com ele nas últimas horas da sua vida; Hannah, Benjie e Georgia à cabeceira da cama e Lucy através do FaceTime", disseram.

"Passámos horas a conversar com ele, relembrando a nossa infância e a nossa mãe maravilhosa. Partilhámos risos e lágrimas juntos", acrescentaram. "O último ano de vida do nosso pai foi nada menos que notável. Ele rejuvenesceu e experimentou coisas com que sempre sonhou. Embora tenha estado em tantos corações por pouco tempo, ele foi um pai e avô incrível e permanecerá vivo nos nossos corações para sempre".

"O cuidado que o nosso pai recebeu do NHS e dos cuidadores nas últimas semanas e anos da sua vida foi extraordinário. Eles foram inabalavelmente profissionais, gentis e compassivos e deram-nos muitos mais anos com ele do que jamais poderíamos imaginar", remataram.

Hannah Ingram-Moore já tinha revelado numa declaração na plataforma social Twitter que o seu pai, conhecido por Capitão Tom, tinha dado entrada no Bedford Hospital por necessitar de “ajuda adicional” à sua respiração.

Nas últimas semanas, Tom Moore estava a ser tratado a uma pneumonia e na passada semana testou positivo ao novo coronavírus.

Moore tornou-se numa referência de esperança nas primeiras semanas da pandemia de covid-19, em abril de 2020, quando percorreu 100 voltas em torno do seu jardim em Inglaterra no dia do seu 100.º aniversário, num tributo ao Serviço Nacional de Saúde. Em vez do objetivo em garantir uma contribuição de 1.000 libras (1.128 euros), recolheu cerca de 33 milhões de libras (37 milhões de euros).

Moore, que foi promovido a capitão quando se encontrava na Índia e em Myanmar durante a guerra, foi ordenado cavaleiro pela rainha Isabel II em julho pelos seus esforços na angariação de fundos para o Serviço Nacional de Saúde.