A notícia foi avançada pelo jornal online Observador e, contactado pela Lusa, o ex-presidente do Governo Regional dos Açores assume a ideia como sua.
“A ideia é minha e tem a ver com a responsabilidade que têm os conselheiros nacionais. Tal como no parlamento, somos eleitos para defendermos as nossas posições e assumi-las perante os nossos eleitores. Não faz sentido que, numa questão política de tal relevância, se recorra ao voto secreto”, defendeu.
Em causa na quinta-feira estará a votação de uma moção de confiança à direção do partido, apresentada pelo presidente do PSD, Rui Rio, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro o ter desafiado para diretas antecipadas, repto que rejeitou.
Para Mota Amaral, na votação da moção de confiança “deve chamar-se cada conselheiro” e cada um dirá “sim ou não” à aprovação da moção de confiança.
“Vou apresentar esse requerimento, já me chamaram a atenção que não está previsto no regulamento, mas repugna-me a ideia que possa haver no PSD quem não tenha coragem, quem tenha medo de assumir as suas posições. Isso não é próprio de gente do PSD, do partido de Sá Carneiro, envergonha-me como social-democrata”, afirmou Mota Amaral, apoiante de Rui Rio.
Questionado sobre esta iniciativa, o presidente do Conselho Nacional do PSD, Paulo Mota Pinto, reiterou à Lusa o que já tinha dito na véspera.
“Não me pronuncio sobre nenhuma questão relativa à condução dos trabalhos e à votação, por respeito ao Conselho Nacional, a não ser perante o Conselho Nacional já reunido”, afirmou.
O regulamento do Conselho Nacional estabelece que as votações neste órgão se realizam por braço no ar, com exceção de eleições, deliberações sobre a situação de qualquer membro do Conselho Nacional e “deliberações em que tal seja solicitado, a requerimento de pelo menos um décimo dos membros do Conselho Nacional presentes”.
Dirigentes distritais e deputados já tinham exigido uma clarificação sobre a forma de votação, que defendem ter se ser secreto uma vez que a comissão política nacional foi eleita por este método.
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