“Vamos conseguir ter a tempo, mas não depende só de nós”, disse Carlos Mota Santos, durante o almoço-debate promovido num hotel em Lisboa pelo International Club of Portugal.
A pergunta sobre o altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) feita pelo presidente do International Club of Portugal, Manuel Ramalho, causou risos na sala, afirmando Carlos Mota Santos que, pela parte da empresa, tudo estará feito, mas também referindo que o projeto depende também de outras entidades.
“Não será por nós que Sua Santidade não vai estar no palco”, vincou.
Já no final, em declarações à Lusa, o gestor disse que não queria falar sobre o tema, acerca do qual – afirmou – a Mota-Engil nunca se pronunciou publicamente, mas questionado sobre se a construtora aceitou baixa o valor da infraestrutura, rejeitou que tenha sido isso que se passou.
"Não baixámos o valor, alteraram o projeto", disse.
Questionado se não se tratou de um favor, o gestor rejeitou, vincando que o que se passou foi que o projeto foi alterado.
Carlos Mota Santos disse ainda que não queria falar mais sobre o tema: "Não falo mais sobre isso", afirmou o gestor, que tomou posse em janeiro como presidente da Mota-Engil (construtora fundada pela sua família).
No início do ano causaram grande polémica os custos das Jornadas Mundiais da Juventude (superiores a 150 milhões de euros estimados, entre Igreja Católica, Governo e Câmaras de Lisboa e Loures), que decorrem de 01 a 06 de agosto em Lisboa, em especial do altar-palco que será instalado no Parque Tejo-Trancão.
Na sequência dessa polémica, em fevereiro, Câmara Municipal de Lisboa anunciou que o valor foi então reduzido de 4,2 milhões de euros (valor a que se tinham anda de somar as fundações) para 2,9 milhões de euros e que a infraestrutura vai passar de 5.000 metros quadrados para 3.250 e a capacidade alterada de 2.000 para 1.240 pessoas. A altura foi reduzida de nove para quatro metros.
A Câmara de Lisboa anunciou ainda que a Mota-Engil aceitou a alteração do projeto para o altar-palco no Parque Tejo e a consequente redução do preço que tinha sido contratualizado, “sem pedir qualquer compensação ou qualquer indemnização”.
Comentários