"Ao fazer esta perseguição à Ordem, é também uma perseguição aos enfermeiros", comentou à agência Lusa Catarina Barbosa, uma das responsáveis do grupo “greve cirúrgica”, que esteve na origem das greves em blocos operatórios e que hoje promoveu uma concentração de profissionais junto à sede da Ordem, no dia em que arrancaria a sindicância determinada pela ministra Marta Temido.
Algumas dezenas de profissionais concentraram-se à entrada da Ordem, com cartazes, cravos brancos e vermelhos e ao som de "Grândola, Vila Morena" ou gritando "25 de Abril Sempre".
Catarina Barbosa afirma que os enfermeiros não entendem "esta perseguição" e acredita que a sindicância "não vai dar em nada".
Hoje de manhã, elementos da Inspeção-geral das Atividades em Saúde chegaram à sede da Ordem dos Enfermeiros para iniciar a sindicância, que é no fundo uma averiguação geral às atividades de um organismo ou serviço.
Contudo, o início da sindicância foi suspenso pelo menos até ao início da tarde, porque a Ordem dos Enfermeiros exigiu ter o despacho da ministra que determinou a averiguação, acompanhado dos fundamentos e dos elementos de prova que o sustentam, segundo explicou aos jornalistas o advogado Paulo Graça, que está a acompanhar o caso em representação da Ordem.
Até cerca das 13:30, os inspetores da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) mantinham-se nas instalações da Ordem, mas sem dar início ainda à sindicância, que só começará quando forem entregues os documentos exigidos pela Ordem.
A bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, manifestou já na semana passada dúvidas legais sobre esta sindicância que será realizada pela IGAS.
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