O representante do movimento, José Baptista, afirmou em declarações à agência Lusa que a aplicação a todo o setor (caça turística, reservas associativas ou municipais) de dois dias de caça mais feriados devia alargar-se a todo o território nacional.
"A caça menor está quase extinta. Com a doença hemorrágica dos coelhos, estes já são raros, tal como as lebres e as perdizes, que estão quase em extinção".
Por outro lado, os "500 mil hectares ardidos" nos incêndios deste verão "já não são 'habitat' para aves migratórias", que se concentram em outras zonas onde ainda existe água, para beber à beira de charcas onde "são dizimadas", alertou.
"Repudiamos esta decisão. Nós queremos que haja mais caça no futuro", declarou.
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, disse na terça-feira à agência Lusa que a caça vai ser reduzida ou interditada nas zonas afetadas pelos incêndios.
As medidas incluem a interdição absoluta da caça em todo o perímetro de grandes incêndios, acima de mil hectares, e da caça sedentária nos concelhos onde arderam mais de 50% da área.
Já nos distritos mais afetados, é reduzido o número de dias de caça às espécies migratórios de três para dois. Destes dias, um será domingo, o outro as associações escolhem, adiantou o secretário de Estado.
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