Pedro Reis falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de um requerimento do PS acerca da dissolução do Conselho de Administração da AICEP.

Em 03 de junho, o Governo dissolveu a administração da AICEP liderada por Filipe Santos Costa, a poucos dias de fazer um ano de mandato, e escolheu o docente Ricardo Arroja para presidente da entidade.

Em resposta ao PS, Pedro Reis admitiu que durante o mandato de Filipe Santos Costa houve aumento de exportações e de investimento, sublinhando que nunca alguém ouviu "uma crítica" sua à anterior administração da AICEP e rejeitou qualquer "jogo de datas" para evitar pagar indemnização.

"Queria deixar claro que não são essas as razões que me levaram a recomendar uma alteração da administração" e "também não vou alegar se há áreas que foram melhores, zonas que correram menos", prosseguiu.

A razão "que me fez propor esta solução e defender é um novo impulso", justificou Pedro Reis.

"Fui presidente da AICEP, conheço a casa, conheço a dinâmica", adiantou, referindo que o objetivo foi "nomear equipas de confiança que venham a revitalizar, dar um novo impulso, alinhados com novas prioridades e que deem mais ambição".

"Não mandei fazer levantamentos", asseverou, a escolha de uma nova administração foi "entender que num ciclo novo" é "possível fazer mais com outra velocidade e outra frescura", insistiu.

Tratou-se de uma "opção de confiança e, quanto muito, uma opção de gestão, descontaminado politicamente", até porque "o percurso das pessoas fala por si".

Questionado sobre a operação Maestro, que alegadamente envolve a AICEP, Pedro Reis afastou qualquer ligação.

"Não tenho nenhuma evidência com a operação Maestro", a decisão "não incorpora nenhum juízo de valor sobre a matéria", reforçou.

O ministro sublinhou também que o modelo de financiamento da AICEP "urge ser revisitado".