As condenações por este tipo de crime em grupo são raras no México, devido à dificuldade de determinar a responsabilidade individual dos envolvidos, mas os procuradores do Estado de Puebla, no centro do país, tinham uma prova sólida e invulgar.
A mulher, identificada apenas pelo seu primeiro nome, Augustina, de acordo com a lei mexicana, terá angariado dinheiro para alugar um veículo com um altifalante e circular pela vila de Acatlan a pedir às pessoas que viessem ajudar a matar os dois homens.
As vítimas foram espancadas até à morte e queimadas por uma multidão em fúria, alegando tratarem-se de raptores, mas os procuradores do Estado afirmam que se tratavam de fazendeiros e que não existem provas de que tenham estado envolvidos em qualquer crime.
Alguns vídeos gravados por telemóveis mostram os habitantes da cidade a aplaudir e a gritar “longa vida ao povo” enquanto os corpos dos dois homens ainda fumegavam.
Os automóveis com altifalantes acoplados ao tejadilho são uma ferramenta comum em muitas pequenas cidades do México para anunciar produtos, eventos ou até para vender jornais.
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