Segundo avança hoje o Jornal de Notícias, a suspeita de 48 anos, que se entrou às autoridades depois de confessar às autoridades ter matado a mãe, comprou jóias com ouro e levantou dinheiro com os seus cartões de débito e crédito da vítima, cujo corpo manteve durante duas semanas.
Só no dia 30 de julho, 16 dias depois do homicídio, é que a suspeita se deslocou à esquadra da PSP de Cedofeita, no Porto, para reportar o crime, aponta o jornal.
Em comunicado, a Diretoria do Norte da PJ anunciou no dia 31 que o crime terá ocorrido na tarde de 14 de julho, “na sequência de mais uma discussão entre a arguida e a sua mãe”, acrescentando que a filha tinha regressado à casa da progenitora, no concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, em março deste ano.
“O relacionamento entre mãe e filha sempre foi marcado por conflitos, sendo que em data prévia ao homicídio, a arguida terá causado a queda daquela, cuja locomoção ficou limitada desde então. Naquela tarde [de 14 de julho], após nova discussão, terá acabado por asfixiar a progenitora”, explica a PJ.
De acordo com o JN, a relação da suspeita com a mãe era conflituosa e a alegada homicida estava sob medicação para tratar um problema do foro psiquiátrico.
Desde o dia dos factos, refere ainda o comunicado da PJ, a arguida “pernoitou em vários hotéis e pensões, efetuando levantamentos e pagamentos com os cartões bancários da sua mãe", até se ter entregado às autoridades.
A detida está indiciada pelo crime de homicídio qualificado, encontrava-se desempregada e tinha antecedentes criminais por ofensas à integridade física e peculato (crime que consiste no desvio ou no roubo de dinheiros públicos).
Tendo sido presente a primeiro interrogatório judicial a um juiz de instrução criminal para aplicação das medidas de coação, a suspeita ficou sobre prisão preventiva.
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