A nova exposição, agora permanente, no novo espaço, do Museu Rural da Casa do Povo de Santa Maria, com entrada gratuita, vai ser inaugurada no sábado, às 11:00.

O acervo do museu, aberto em 1951, é constituído por património de arte popular, englobando peças que retratam a vida rural, principalmente entre 1940 e 1960.

Na nova mostra permanente, destacam-se as coleções de figurado em barro de Estremoz, olaria de Estremoz e arte popular em madeira, chifre e cortiça.

As figuras em madeira de Capela e Silva, que representam trabalhadores agrícolas, vão estar também em exposição, assim como um conjunto de carros rurais e uma pequena coleção de suportes de espetos em metal.

Filmes realizados pelo professor Joaquim Vermelho, sobre o mundo rural e artesanato, vão estar continuamente a ser exibidos naquele espaço museológico.

O museu esteve instalado, desde a sua inauguração, até julho de 2004, num edifício situado no Rossio Marquês de Pombal, no centro da cidade, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Estremoz, instituição que pretendeu reaver as instalações.

O espaço museológico reabriu, em maio de 2007, no Centro Cultural Dr. Marques Crespo, quase três anos depois de ter encerrado, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, incluindo uma exposição de longa duração com peças de barrística e olaria da autoria de mestre Mariano da Conceição, artesão de Estremoz.

Em 2015, o Museu Rural voltou a encerrar, desta vez por o município necessitar daquelas instalações para os documentos do Arquivo Municipal.

A fundação do museu ficou a dever-se, sobretudo, ao empenho e trabalho de Bento Caldas, um delegado do Instituto Nacional do Trabalho, que contou com o apoio de Cortes Simões, então presidente da Assembleia Geral da Casa do Povo de Santa Maria, dos artistas Capela e Silva e Alberto Cutileiro, assim como do artesão Joaquim Velhinho, entre outros.