O principal dirigente da ONU “exorta firmemente as partes a cessarem imediatamente os combates, iniciarem uma desaceleração das tensões e regressarem sem demora a negociações significativas”, segundo um comunicado do seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), por sua vez, apelou também a um cessar “imediato” das hostilidades no território separatista de Nagorno-Karabakh, disputado pela Arménia e pelo Azerbaijão, e a que as partes retomem as negociações para resolver o conflito.
“A NATO está profundamente preocupada com os relatos sobre as hostilidades em grande escala na linha de contacto na zona de conflito de Nagorno-Karabakh”, disse num comunicado o representante especial para o Cáucaso e a Ásia Central do secretário-geral da organização, James Appathurai.
O representante especial insistiu ainda em que as partes “deveriam cessar imediatamente as hostilidades, que já causaram vítimas civis”.
“Não há solução militar para este conflito. As partes devem retomar as negociações para uma resolução pacífica”, sublinhou, assegurando ao mesmo tempo que a NATO apoia os esforços do Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), constituído pela Rússia, Estados Unidos e França.
A Arménia e o Azerbaijão estão em estado de guerra desde 1991, embora três anos depois tenham assinado um cessar-fogo, que vigora até hoje, apesar de violações por ambas as partes.
O Azerbaijão e a Arménia acusam-se mutuamente de terem iniciado hoje as hostilidades e declararam lei marcial, mantendo uma linguagem beligerante.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, habitada principalmente por arménios.
Território do Império Russo disputado pela Arménia e Azerbaijão durante a guerra civil após a revolução bolchevique de 1917, Nagorno-Karabakh foi anexada em 1921 por Josef Estaline à República Socialista Soviética do Azerbaijão, tendo obtido, a partir de 1923, um estatuto autónomo.
A União Europeia, o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha já lamentaram os confrontos e pediram a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, que atua como árbitro na região, pediu o fim dos confrontos.
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