Depois de falar ao telefone com o chefe da diplomacia arménia, Zohrab Mnatsakanian, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, assumiu publicamente ter apelado a “um cessar-fogo o mais rapidamente possível” naquela região.
A posição russa em defesa da pacificação na região de Nagorno-Karabakh junta-se às palavras de outros líderes mundiais nos últimos dias, como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a chanceler alemã Angela Merkel.
O novo confronto armado na região de Nagorno-Karabakh completou uma semana de intensos combates no sábado, sem haver qualquer sinal de que a Arménia e o Azerbaijão estejam dispostos a discutir um cessar-fogo.
No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh, no Cáucaso do Sul onde há interesses divergentes de diversas potências, em particular da Turquia, da Rússia, do Irão e de países ocidentais.
Este território, de maioria arménia, integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.
Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk, constituído no seio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, mas as escaramuças armadas permaneceram frequentes.
Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam a abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.
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