A FIFA confirmou esta quarta-feira que o Campeonato do Mundo vai ser organizado por Portugal, Espanha, Marrocos, Argentina, Paraguai e Uruguai. Seis países, três continentes.
A competição começa, “simbolicamente”, na América do Sul para celebrar 100 anos. O primeiro Mundial de futebol aconteceu no Uruguai em 1930. Depois sobe a África e à Europa.
"O Conselho da FIFA acordou, em unanimidade, que a única candidatura para organizar o Mundial 2030 será a conjunta entre Marrocos, Portugal e Espanha”, disse o presidente da FIFA.
"Que grande mensagem de paz, tolerância e inclusão. Em 2030, vamos ter uma pegada global única, de três continentes - África, Europa e América do Sul”, acrescentou Gianni Infantino.
O primeiro-ministro também se congratulou com o anúncio ao afirmar que “recebeu com alegria a decisão de atribuição da organização do Campeonato do Mundo de Futebol em 2030 a Portugal, Espanha e Marrocos, manifestando-se confiante de que será um enorme sucesso”, disse António Costa.
As reações foram surgindo dos vários quadrantes políticos nacionais.
“A escolha de Portugal como um dos países organizadores do Mundial de Futebol 2030 é uma oportunidade de projeção do país no mundo! Que sejamos capazes de ter uma organização sóbria, moderna e transparente”, escreveu o presidente do PSD, Luís Montenegro.
O presidente da República refere que "desde que foi lançada a candidatura de Portugal e Espanha" à organização deste mundial, era sua convicção que se tratava de "uma candidatura vencedora".
"O resultado hoje conhecido supera as expectativas, porque passou de uma candidatura apenas europeia, a uma candidatura europeia, africana e sul-americana, ligando países que têm uma História em comum", disse o chefe de Estado em mensagem publicada no portal da Presidência.
Mas a “grande mensagem” (como lhe chamou Infantino) do dia não veio da oposição, mas de outro membro do governo.
"É evidente que estou feliz com essa notícia, nós somos um país de amantes de futebol, vai ter um impacto na economia, mas se quer que lhe diga temos que fazer muito mais trabalho, porque não é o futebol que nos vai salvar", disse António Costa Silva.
O ministro da Economia colocou os “pontos nos is” ao recordar de forma realista os efeitos do Euro2004 organizado por Portugal.
"O futebol é importante, vamos organizar um grande evento, mas eu estou muito mais preocupado com aquilo que vai ficar para o futuro. E nós já temos o exemplo claro do Euro 2004 que trouxe estádios, alguns hoje estão desaproveitados e é por isso que mais importante do que o futebol, mais importante que as coisas que são conjunturais, nós temos de apostar naquilo que vai transformar a economia portuguesa", disse Costa e Silva à saída da II Edição do Fórum de Investimento da Economia Azul Sustentável, um setor que tem sido considerado estratégico para Portugal.
Como disse Tadeu Ricci, jogador do Grêmio, em 1978, “o futebol é o ópio do povo” [porque] “aliena". E quando se coloca o futebol “neste plano exagerado, outras situações básicas para a vida do ser humano ficam esquecidas”.
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